TEXTO: SOUSA, Susana, LOBO, Rui & RODRIGUES, Francisco. (2006). Visualizar: Educação Visual 3.º Ciclo. Lisboa: Texto Editores.
A estrutura é a organização das diferentes partes que constituem uma forma, um objecto, uma obra de arte.
A estrutura impõe uma ordem e determina as relações entre as diversas partes ou formas.
Desde que exista qualquer tipo de organização, existe sempre uma estrutura. Essa estrutura funciona como um esqueleto que suporta as formas e as faz funcionar.
As formas ou as composições obtidas com recurso a uma estrutura geométrica obedecem a um forte sentido de regularidade – são quase como folhas de papel quadriculado, onde as formas aparecem situadas em função dos quadradinhos.
Estas estruturas são constituídas segundo leis matemáticas. As suas linhas estruturais (linhas que definem e orientam a estrutura) dividem o espaço em subdivisões matematicamente calculadas, de modo a imprimir uma ordem ritmada.
Nas estruturas não geométricas (ou informais), a organização das formas ou das partes é livre e mais ou menos indefinida.
Aqui, as linhas que constituem a estrutura são explícitas, isto é, são reais e aparecem nas composições, nas esculturas, nos objectos de design.
São como uma “armação” que, em vez de estar oculta, é possível ver, numa pintura ou numa forma tridimensional.
Aqui, apesar de não ser visível do exterior, a estrutura da forma define e sustenta os seus volumes.
Estruturas harmónicas
Estas estruturas foram muito frequentes na disposição das formas na pintura, na escultura e na arquitectura. Constituem uma grelha-base para a estruturação das composições.
Estruturas de repetição
Estão associadas à estruturas harmónicas; aqui, repetem-se as linhas estruturais de modo a permitir a construção de uma grelha repetitiva que ocupa todo o espaço disponível no suporte (a folha de papel, a tela da pintura, etc..). A estrutura bidimensional de repetição mais evidente é a estrutura regular quadriculada ou grelha básica, mais conhecida por “módulo e padrão”.
A composição modular
A composição modular tem como base estruturas básicas compostas por módulos que se repetem ao longo da grelha. O resultado da repetição do módulo chama-se padrão.
Simetria: um padrão é simétrico quando o módulo é duplicado em “espelho”, por exemplo, em função de um eixo central.
Translação: aqui, o módulo é deslocado paralelamente a si mesmo para a próxima unidade da grelha, ocupando exactamente a mesma posição que na unidade anterior da grelha.
Rotação: o módulo é rodado para a próxima unidade da grelha, por exemplo, em torno de um ponto fixo, usado como centro de rotação.
Alternância: conjugação do módulo pela mudança de posição, de tamanho ou de rotação, alternando entre duas configurações possíveis.
O volume global do rosto é estruturado por três partes identificadoras:
- A parte superior comporta a testa e o cabelo;
- A parte central contém a zona ocular, o nariz e os ouvidos;
- A parte inferior comporta a boca e o queixo.
Para desenhar o rosto, é fundamental entender as principais linhas que estruturam e possibilitam a sua construção.
Desde a Grécia Clássica que se utilizam “cânones” que, partindo da subdivisão do corpo humano, estabelecem regras de proporcionalidade.
O “cânone” mais utilizado divide o corpo humano adulto em oito partes, correspondendo a parte superior à cabeça, que é utilizada como medida padrão.
Para representar correctamente o movimento do corpo humano, é necessário um conhecimento aprofundado não apenas das suas proporções como também da sua anatomia.