TEXTO:
SOUSA, Susana, LOBO, Rui & RODRIGUES, Francisco. (2006). Visualizar: Educação Visual 3.º Ciclo. Lisboa: Texto Editores.
A cor é um dos elementos estruturantes da linguagem plástica sobre os quais mais estudos teóricos e práticos se têm produzido.
Apesar disso, é porventura o de mais difícil utilização na expressão plástica.

Para que o nosso cérebro veja, é necessário que a luz “entre” no nosso cérebro através da retina.
A retina é constituída por camadas de células, entre as quais se encontram algumas mais sensíveis às emissões de energia: os cones e os bastonetes.
A função dos bastonetes é permitir a distribuição das variações de luminosidade das formas; já os cones são sensíveis às variações de comprimentos de onda nas gamas da cor vermelha, verdes e azul-violeta.

Dizemos que os objectos têm cor porque quando determinados comprimentos de onda são reflectidos, ao mesmo tempo, outros são absorvidos, o que nos permite ter a sensação de ver a cor resultante de soma dos comprimentos de onda reflectidos.
São pois as combinações diferenciadas dos vários tipos de comprimentos de onda que formam a variedade de cores que podemos observar em tudo o que nos rodeia.
O espectro visível

As cores perceptíveis não são percepcionadas da mesma forma. As cores do meio do espectro, os verdes e os amarelos, são vistos com maior facilidade do que as restantes porque são mais luminosas.
O círculo cromático
No âmbito do estudo da cor, consideram-se dois sistemas de mistura de cor: a mistura aditiva e a mistura subtractiva.
Os círculos cromáticos permitem-nos organizar estes dois sistemas em arranjos cromáticos previsíveis, em função das suas interacções.

A mistura das três cores primárias leva-nos a obter o preto.

Os contrastes cromáticos
Representam as diferentes possibilidades de as cores de agruparem de forma harmónica e que afectam a nossa percepção da cor.
Segundo Johannes Itten (1888-1967), pintor e teórico suíço, autor de importantes estudos sobre a cor e um dos responsáveis pela sistematização dos círculos cromáticos, os contrastes de cor são sete:
Contraste quente-frio
Contraste de quantidade
Contraste de cores complementares
Contraste sucessivo ou de simultaneidade
Contraste de qualidade
Contraste de claro-escuro
Contraste de cor em si
Os agentes da cor

O Impressionismo integrava um método de pintura que consistia em reproduzir pura e simplesmente a “impressão” do pintor, tal como era percepcionado. Utilizava quase exclusivamente as cores primárias e as secundárias para assim reproduzir a intensidade luminosa do momento que procuravam imortalizar, e produzir graças a pinceladas pequenas e muito próximas, um fenómeno óptico de ilusão.
CONTRASTES CROMÁTICOS